Caminhando as fraldas da Martinhá a procura de contos de velhas, sabidurias ancestrais, apocemas e responsos, umha mulher muito
velha falou-nos dumha erva parecida a pementela, mas que nasce da auga
dos rios e das fontes, que mesmo a tem visto na auga mansa dos
lavadoiros. Nom é só mágica esta planta por sosterem-se as suas raízes
na auga como se fosse terra, mas também porque, se tés a sorte de
topa-la, podes curar com ela qualquer mal que tiveres, bem esfregando-a
no corpo, bem bebendo a auga de ferve-la. Chamam-lhe erva meira.
Antes havia muita desta planta, mas nom sabemos bem que aconteceu que lhe fixo mal que, aos poucos, foi escasseando a erva meira, até os nossos dias que quase ninguem dá com ela. Mas a mulher, assegurava, sabia onde nascia bem de-la.
Nom pudemos conter a nossa curiosidade e insistimos para que a velha nos leva-se lá. A velha mostrou desconcerto e perguntou, E logo, vos tam novas, que tanto mal tendes que nom vos sirva nenhum outro remédio?
Antes havia muita desta planta, mas nom sabemos bem que aconteceu que lhe fixo mal que, aos poucos, foi escasseando a erva meira, até os nossos dias que quase ninguem dá com ela. Mas a mulher, assegurava, sabia onde nascia bem de-la.
Nom pudemos conter a nossa curiosidade e insistimos para que a velha nos leva-se lá. A velha mostrou desconcerto e perguntou, E logo, vos tam novas, que tanto mal tendes que nom vos sirva nenhum outro remédio?